domingo, 6 de abril de 2008

A REVOLTA DOS HIPOPÓTAMUS!

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Certo dia da nossa curta mas já intensa estada no
Burundi, vimo-nos envovidos numa complexa e monumental disputa entre as duas maiores tribos desta Nação:

os agressivos “Dentes de leite, mas afiadinhos”

e os dominadores “Somos gordinhos, mas somos lixados”.

(Não pensem que isto era uma disputa entre o Frederico Botelho e o Diogo Cardoso, as fotografias que se seguem vão provar que estivemos perante duas das mais ameaçadoras raças do Mundo).

Imaginem um velho burundês a contar esta história, para criar mais ambiente:

“Tudo começou quando Hipopotamus II era o líder dos “Somos gordinhos, mas somos lixados”, reinando sobre um vasto império que ocupava todo o Norte do país, incluindo a atractiva e mui procurada zona e Rusisi, (mais tarde irão perceber porquê)...

Ora, por esta altura, no Sul do país reinava Dr. Croco III, líder inteligente e pacífico, formado em Psicossociologia Interacial.

Durante muitos anos, estas duas tribos viveram em harmonia e paz (imaginem o som de duas harpas), partilhando este oásis que era Rusisi, lugar onde muitas vezes se sentavam juntos à mesa a partilhar antílopes carnudos e a relembrar tempos passados.

Até ao dia em que Hipopotamus II padeceu fruto dessa peste que tanto ameaça o povo burundês, a diarreiite aguda, deixando o seu trono ao seu mais directo herdeiro, o filho da prima do cunhado da tia avó afastada, Gorditus Carlitus Malvadus Odeius Verdus VII. Pois, e como se pode ver pelo nome do novo detentor da coroa, este paquiderme não apreciava sobremaneira aquela côr que usualmente vestem os famosos “Dentes de leite, mas afiadinhos”. E foi aqui que começaram todas as desavenças que os vossos Tanganika Boys presenciaram.

A verdade é que desde que assumiu o poder, o imaturo rei não conseguia parar de pensar de que maneira é que se veria livre da presença daqueles betinhos que só usavam Lacoste todos os dias. O problema é que os seus companheiros “Somos gordinhos, mas somos lixados” simpatizavam com este seu inimigo e assim não podia declarar a guerra, correndo risco de ser exilado sem piedade para a Polinésia Francesa.

Assim, decidiu colocar um cartaz em Rusisi, que indicava este paraíso como território dos “Dentes de leite, mas afiadinhos”, fingindo que tinham sido estes a colocá-lo... Ora, como o Rei previra, este facto originou uma grande revolta nas hostes hipopotáis, fazendo com que um simplez cartaz provocasse uma verdadeira guerra civil, terminando assim o longo e frutuoso período de paz que existia até então. Famílias de “Dentinhos” foram afastadas de Rusisi, grandes líderes desta raça foram enclausurados, uma total tragédia e devastação, como bem podem imaginar...


A situação tornou-se de tal maneira grave, que membros das duas tribos em confronto se reuniram para decidir como resolvê-la. A decisão óbvia e simples foi a de convocar um Corpo Internacional de Paz, liderado pelos Tanganika Boys!

Detectives exímios e guerreiros corajosos, rapidamente puseram os seus talentos em acção usando a sua mais genuína diplomacia, estreitaram relações com o líder dos “que vestem de verde”. Rapidamente perceberam que o vilão de toda esta trama estava do outro lado, sob a pessoa de Gorditus Carlitus Malvadus Odeius Verdus VII, já que se recusou a recebê-los, sob o pretexto de ter dores nos seus dois únicos dentes.

Sob o mais secreto secretismo, encetámos conversações com Barrigudus Simpaticus I, primo do malvado rei, e conseguimos mostrar a todos os “Somos gordinhos, mas somos lixados”, a verdadeira natureza desta confusão e, principalmente, a casta do seu líder.

Treinámos um exército que se rebelou (aqui está a Revolta dos Hipopótamos) contra o tirano e o exilou, finalmente, para a Polinésia Francesa, onde ainda hoje habita com as suas amigas tartarugas...

Por cá, os “Somos gordinhos, mas somos lixados” e os “Dentes de leite, mas afiadinhos” voltaram aos seus tempos áureos de convivência e partilha de emoções.

Quanto a nós, depois de tanta guerra e pressão, decidimos fazer uma visita ao líder dos “Dentinhos”, Dr. Croco III, e usufruir dos seus magníficos dotes de Psicossociologia Interacial pós-stress!

Fim da reportagem”

P.S.: Esta história é baseada em factos verídicos.

10 comentários:

Anónimo disse...

Bem!
Só posso estar orgulhosa por ser madrinha de um dos Tanganika Boys que lidera esse Corpo Internacional de Paz!
Grande missão, só podiam ser vocês a ter tamanho sucesso.
O que seria do Burundi sem vocês grandes "heróis do mar, nobre povo, nação valente e imortal..."
Obrigada por publicarem finalmente esta saga digna de ser lida e aplaudida!
Bjs orgulhosos e fãs.

martuxa disse...

muito bom, muito bom!

Anónimo disse...

La opolineise française c'est magnifique!!! merci beaucoup pour votre contribition dans cet guerre et envois mes cumpriments à nos amis crocos. gros bijous

Anónimo disse...

muito bom. excederam grandemente as expectativas. beijos fofinhos
maria

Anónimo disse...

meus grandas tozés!!!
ja nao vinha ca ha algum tempo e tenho que vos dar os parabens pelos posts fantasticos com que graciaram esta minha visita ao vosso blog! apesar de ter votado a favor da minha historia do espantalho (da qual ainda espero) tenho que vos tirar o chapeu por este relato das vossas experiencias e pela vossa 1ª missao de paz em terras africanas! inclusive ouvi falaram disso na assembleia geral da ONU ...
por aqui festeja-se na invicta o tri-campeonato do FCP.
souselas, no outro dia tivemos reuniao com jantar M&M e, claro, guardamos uma cadeira para esse teu espirito selvagem. No f-d-s de 18abril seguiremos para madrid fazer uma jornada e reviver algumas velhas lendas e glorias!
grande abraço e continuaçao de bom trabalho!

Anónimo disse...

Olá, Tanganika Boys.

Bem divertida a maluqueira da revolta dos hipopótamos. Pena que não se tivessem lembrado de recorrer à vossa eficaz diplomacia para resolver outros conflitos locais recentes...

Engraçado - mas se calhar inviável - era poderem "postar" o produto das vossas divagações musicais burundesas.

Que tal a deslocação a Dar-es-Salem? Se não há gasolina para o autocarro, se calhar também não há para o jipe e, assim sendo, é melhor deixarem-no na Tanzânia porque de nada vos servirá em Bujumbura e deixarem-se estar aí sossegados e ocupados na resolução de conflitos. Proposta sensata?

Beijos e saudades.

Anónimo disse...

A Margarida Paccetti está pelos crocodilos. Botem uma votação! Ou eu li à pressa ou nao percebi, ja foram à Tanzania?
Um grande beijinho

Anónimo disse...

Essa história não podia ter melhor inventada, só podia ter dito que os leões tambem se integraram na revolta!A carta está a ir!
beijinhos
ze

Anónimo disse...

estou revoltado por acharem que o frederico botelho está gordo....eu tenho tido imenso trabalho em emagracê-lo e até com bons resultados como vocês irão ver quando voltarem dessas férias com safari
abraços e continuem a divertir-me com este blog que vai merecer ser livro no vosso regresso
tio zé miguel

Anónimo disse...

obrigado Tio!!!

O Frederico esta muito elegante, estavamos so a acusa lo de ser "Dentinho de leite, mas afiadinho"...

Obrigado pelos elogios!!